INTRODUÇÃO
Os ossos do corpo humano possuem um alto grau de rigidez e por esta razão é
resistente a pressão, devido a isso sua função básica é proteção e sustentação,
também tem uma grande participação em alavancas, na coordenação e na força de
movimento devido à contração dos músculos. Estes são divididos em epífise,
metáfise e diáfise, neles existem variados tipos de células entre eles
osteocitos que são as lacunas e canalículos, cuja função é circulatória e
nutricional; os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz óssea e
participa da mineralização da matriz. A matriz óssea é composta por uma parte
orgânica e inorgânica composta por íons de fosfato e cálcio.
A nutrição óssea dá-se basicamente pelos canais de Volkmann e canais de Havers
Osgood-Schlatter (OS) constitui uma doença osteo-muscular (e extra – articular),
comum em adolescentes. Caracterizada por uma patologia inflamatória que ocorre
na cartilagem e no osso da tíbia, devido ao esforço excessivo sobre o tendão
patelar.
Tendo predomínio, no sexo masculino da faixa etária dos 10 aos 15 anos,
praticantes de esportes especialmente os que incluem: chutes, saltos e corridas.
ETIOLOGIA
A etiologia é controvertida, pois antigamente acreditava-se que esta patologia
fosse devido à necrose avascular, porém atualmente aceitam-se a teoria de
overuse do quadríceps e micro traumas na tuberosidade tibial.
FISIOPATOLOGIA
Esta patologia ocorre quando existe um stress na epífise de crescimento próximo
a área da tuberosidade tibial.
O crescimento do osso dar-se pelas epífises, que são constituídas por
cartilagens. O crescimento ósseo ocorre mais rapidamente do que o crescimento
muscular, resultando assim uma tensão do tendão do músculo através da inserção e
da perda da flexibilidade.
Durante o período de crescimento rápido, o stress da contração do quadríceps é
transmitido através do tendão patelar em uma parcela pequena a tuberosidade
tibial. Isso pode resultar em uma fratura parcial ou avulsão do centro de
ossificação.
TIPOS
Síndrome de Sinding-Larsen-Johannson é uma variante de OS, na qual acomete a
parte inferior da patelar onde é inserido o tendão patelar. Acomete
principalmente o sexo feminino entre 12 e 15 anos, que praticam atividades
físicas extenuantes.
CONSEQÜÊNCIA
Alteração da superfície articular levando a uma pré-disposição para uma
osteoartrite. Podendo levar a uma incapacidade funcional.
COMPLICAÇÕES
Fratura de osso subcondral na epífise, subluxação da articulação, deformidade da
epífise resultando em incongruência articular e doença degenerativa tardia,
superiorização da patela, avulsão total do tendão patelar, não consolidação dos
fragmentos, condromalácia, geno-recurvatum.
QUADRO CLINICO
Paciente relata algia insidiosa no joelho localizada no tubérculo tibial (mais
ou menos dois ou três polegares abaixo da patela). Piorando com a realização da
atividade e aliviando com o repouso. Tendo uma maior incidência unilateral, pode
apresenta tumefação na aérea do tubérculo tibial.
Inspeção
Fazendo a inspeção palpatória deve-se verificar o joelho flexionado em perfil.
Ao palpar o tubérculo o paciente relatara dor. Para observar a sintomatologia
pede-se o paciente deve realizar uma flexão e em seguida uma extensão com
exercício ativo resistido.
Pode ser observado um edema macio visível ao redor da tuberosidade tibial.
Sinais Radiológicos
Quando os sinais radiológicos do joelho em perfil apresentar laudo de
normalidade ou apenas uma tumefação das partes moles, sendo indicativo de fase
inicial da patologia. E quando observarmos uma irregularidade da fragmentação da
apófise indica que a mesma esta na fase moderada. E quando a doença esta na fase
avançada verificamos que há um ossículo intra-tendinoso.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Deve-se diferenciar de infecções, tumores, fraturas, cistos, síndrome
femulo-patelar, bursite de pata de ganso, condromalácia patelar, osteomielite
proximal da tíbia, e tendinite patelar.
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Vale ressaltar que no tratamento é importante reconhecer que esta alteração tem
curso alto limitado e regride com a fusão da tuberosidade da tíbia, que ocorre
entre 15 e 18 anos no sexo masculino e entre 12 e 15 anos no sexo feminino.
Na fase aguda, crioterapia e restrição do movimento.
Se o paciente suportar a dor, realizar alongamento do quadríceps e toda a parte
posterior do segmento inferior afetado, mobilização articular; com a evolução do
tratamento fortalece toda musculatura envolvida para evitar recidivas. Laser
AsGa.
O tratamento cirúrgico somente é indicado quando o paciente continua
apresentando quadro álgico após todos os tratamentos convencionais.
PROGNÓSTICO
O prognostico é excelente, sendo que os sintomas irão desaparecer em
um ano, e o desconforto pode persistir por dois a três anos até o fechamento da
placa epifisária tibial.
NUTRIÇÃO ÓSSEA
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A nutrição óssea se da
principalmente pelos canais de Havers e Volkmann. |
DISPOSIÇÃO DO TENDÃO PATELAR E QUADRÍCEPS
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
NORMAL x PATOLÓGICO
EVOLUÇÃO
AVULSÃO DO TENDÃO PATELAR
RECONSTITUIÇÃO DA FRATURA POR
AVULSÃO
EXERCÍCIOS FISIOTERÁPICOS
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
DE OLIVEIRA, Sheila K. Feitosa; Reumatologia Pediátrica, editora medica e
cientifica ltda, RJ-RJ, 1991.
CAILLIET, René; Tecidos moles dor e incapacidade, editora manole, SP-SP, 1979.
GUYTON, Arthur C; Fisiologia Humana, editora Guanabara koogan, RJ-RJ, 1988.
www.hopkinsmedicine.org
www.physsportsmed.com
www.gelbandinfo.com
www.genou.com
www.nlm.nih.gov/medlineplus
www.csuchico.edu
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