> Testes para Quadril
- Teste de Patrick: usado para detectar artrite no quadril.
Paciente em DD, o joelho é fletido, abduzido e rodado externamente até o maléolo
lateral se apoiar no joelho oposto logo acima da patela. Nesta posição o joelho
do lado a ser testado é levemente forçado para baixo; se ocorrer dor, o teste é
positivo.
- Teste de Ober: usado para detectar contraturas da banda iliotibial.
Paciente em DL, o membro inferior em contato com a mesa é fletido. O outro
membro inferior, o qual está sendo testado, é abduzido e estendido. O joelho
desse membro é fletido a 90o. o examinador então solta o membro para que volte
para mesa; se o membro não voltar, o teste é positivo.
- Teste de Ortolani: identifica deslocamento congênito do quadril em
lactentes. O lactente é posicionado em DD com os quadris fletidos a 90o e
joelhos totalmente fletidos. O examinador segura as pernas dos lactentes de modo
que seus polegares posicionem-se na parte medial das coxas e dos dedos na parte
lateral das coxas do lactente. As coxas são abduzidas delicadamente, e o
examinador aplica uma força leve nos trocanteres maiores com os dedos de cada
mão. O examinador sentirá resistência a cerca de 30o de abdução e, se houver
deslocamento, sentirá um estalido na redução do deslocamento.
- Teste de Galeazzi: detecta deslocamento unilaterais congênito do
quadril em crianças. A criança é posicionada em DD com os quadris fletidos a 90o
e os joelhos completamente fletidos. O teste é positivo se um joelho estiver
mais alto que o outro.
- Teste provocativo de Barlow: identifica instabilidade do quadril em
lactentes. Com o bebê na mesma posição usada para o teste de Ortolani, o
examinador estabiliza a pelve entre a sínfise e o sacro com uma mão. Com o
polegar da outra mão, o examinador tenta deslocar o quadril com uma pressão
posterior leve mais firme.
- Teste de Trendelenburg: identifica a presença de um quadril instável,
desnivelado. O paciente fica em pé sobre a perna a ser testada. O teste é
positivo se o lado não sustentador de peso não se eleva quando o paciente fica
em pé sobre um apoio (somente em um membro inferior, direito ou esquerdo). O
teste positivo pode ser provocado por um deslocamento do quadril, fraqueza dos
abdutores do quadril ou coxa vara.
> Testes para Joelho
- Membros Pendentes: paciente em DV com as pernas para fora da maca
observar o tensionamento dos ísquios tíbiais.
- Flexão e Extensão (ativa e passiva): observar o grau de força muscular,
sempre testando primeiro ativamente e depois passivamente.
- Patela : verificar se há liquido em excesso; teste do rechaço (percutir
com 2 dedos em cima da patela e observar se ela vai flutuar). Observar também o
movimento dela (passivamente), se há crepitação ou hipersensibilidade.
- Teste para Joelho de Saltador: impõem-se resistência contra o movimento
de extensão do joelho, detecta tendinite patelar (infra, supra) ou do quadríceps
(acima de 3 dedos).
- Teste da Gaveta Anterior: detecta instabilidade anterior do joelho. O
paciente deita em DD com o joelho fletido a 90o. O examinador senta-se sobre o
ante-pé do paciente. Com o pé do paciente em rotação neutra, o examinador puxa
para frente segurando na parte proximal da panturrilha. Ambos os membros
inferiores são testados. O teste é positivo se houver movimento anterior
excessivo da tíbia em relação ao fêmur.
- Teste Cruzado: detecta instabilidade ântero-lateral do joelho. Com o
paciente em pé e com a perna não afetada cruzada sobre a perna de teste, o
examinador firma o pé da perna de teste pondo o seu próprio pé cuidadosamente
sobre ele. O paciente roda o dorso superior para o lado oposto da perna lesada
aproximadamente 90o. Nesta posição o paciente é solicitado a contrair os
músculos do quadríceps. Se a contração produzir uma sensação de “falha” no
joelho, então o teste é positivo.
- Teste de Godfrey: detecta frouxidão do LCP. Paciente DD, segura-se a
perna do paciente distalmente em 80o. Teste positivo se houver um deslizamento
da tíbia posteriormente.
- Childress: detecta lesão meniscal. Paciente irá agachar-se com uma
perna fletida e a outra estendida. Pedir para ele se levantar; caso haja lesão
meniscal o paciente irá relatar dor neste movimento.
- Teste de Hugston (sinal de solavanco): identifica a presença de
instabilidade rotatória ântero-lateral do joelho. O paciente deita em DD com o
joelho fletido em 90o. O examinador segura o pé do paciente com uma mão enquanto
a outra mão apóia-se sobre a face lateral proximal da perna distalmente ao
joelho. Uma força em valgo é aplicada no joelho e a tíbia é rodada internamente
enquanto o joelho é lentamente estendido. O teste é positivo se, quando o joelho
é gradualmente estendido, entre 30o e 40o de flexão o platô tibial lateral
repentinamente subluxa para frente com uma sensação de solavanco.
- Teste de Lachman: identifica lesão no ligamento cruzado anterior (LCA).
O paciente deita-se em DD e o examinador estabiliza o fêmur distal com uma mão e
segura a tíbia proximal com a outra mão. Com o joelho mantido em flexão leve, a
tíbia é movimentada para frente sobre o fêmur. O teste é positivo quando há uma
sensação final macia e um movimento excessivo da tíbia.
- Teste de Pivô Shift: deslizamento do pivô ( platô tibial) em relação ao
fêmur. Realiza-se uma rotação interna (inversão) com flexão da..... . Detecta
lesão do LCA.
- Teste de Losee: identifica instabilidade rotatória ântero-lateral do
joelho. Com o paciente em DD e relaxado, o examinador apóia o pé do paciente de
modo que o joelho fique fletido a 30o e a perna externamente rodada e encostada
no abdômen do examinador. Mão na fíbula + extensão da perna + rot.
int.(inversão) + apoio em valgo no joelho.
- Teste MacIntosh (deslocamento pivô lateral): identifica instabilidade
rotatória ântero-lateral. O examinador segura a perna com uma mão e coloca a
outra mão sobre a face lateral proximal. Com o joelho em extensão, aplica-se uma
força em valgo e roda-se internamente a perna enquanto o joelho é fletido. Entre
30o a 40o de flexão, observa-se um salto repentino quando o platô tibial
lateral, o qual tinha subluxado anteriormente em relação ao côndilo femoral,
repentinamente se reduz.
- Teste Slocum ALRI: identifica instabilidade rotatória ântero-lateral. O
paciente deita-se em DL sobre a perna não afetada, com os quadris e joelhos
fletidos a 45o. O pé da perna de teste é apoiado sobre a mesa em rotação medial
com o joelho em extensão. O examinador aplica uma força em valgo no joelho
enquanto o flete. O teste é positivo se a subluxação do joelho é reduzida entre
25o e 45o.
- Teste de Slocum: identifica lesão ântero-lateral do joelho. O paciente
é posicionado em DD, com o joelho fletido a 90o e o quadril fletido a 45o. o
examinador senta-se sobre o pé do paciente, o qual está rodado internamente a
30o. o examinador segura a tíbia e aplica sobre ela uma força direcionada
anteriormente. O teste é positivo se o movimento tibial ocorre primeiramente do
lado lateral. O teste também pode ser usado para identificar instabilidade
rotatória ântero-medial. Esta versão do teste é feita com o pé rodado
lateralmente a 15o; o teste é positivo se o movimento tibial ocorre
primariamente no lado medial.
- Teste do Toque ou Deslizamento (esfregadela): identifica um derrame
leve no joelho. Começando abaixo da linha articular na face medial da patela, o
examinador desliza proximalmente a palma e os dedos até a bolsa suprapatelar.
Com a mão oposta, o examinador desliza os dedos sobre a face lateral da patela.
O teste é positivo se uma onda de líquido aparece como uma leve saliência na
borda distal medial da patela.
- Teste do Golpe Patelar: identifica derrame articular significativo. O
joelho é fletido ou estendido até o desconforto e o examinador bate levemente
sobre a superfície da patela. O teste é positivo se o examinador sentir
flutuação da patela.
- Teste de Estresse da Adução (varo): o examinador aplica um estresse
varo no joelho do paciente enquanto o tornozelo está estabilizado. O teste é
feito com o joelho do paciente em extensão completa e então com 20o a 30o de
flexão. Um teste positivo com o joelho estendido sugere um rompimento importante
dos ligamentos do joelho, enquanto que um teste positivo com o joelho fletido é
indicativo de lesão de ligamento colateral lateral.
- Teste de Estresse da abdução (valgo): o examinador aplica um estresse
valgo no joelho do paciente enquanto o tornozelo está estabilizado. O teste é
feito primeiramente com o joelho em extensão completa e depois repetido com o
joelho a 20o de flexão. O movimento excessivo da tíbia distanciando-se do fêmur
indica um teste positivo. Os achados positivos com o joelho em extensão completa
indicam um rompimento importante dos ligamentos do joelho. Um teste positivo com
o joelho fletido é indicativo de lesão do ligamento colateral medial.
- Teste de compressão de Apley: detecta lesões meniscais. O paciente
deita-se em DV com os joelhos fletidos a 90o. O examinador aplica uma força
compressora na planta do pé e faz uma rotação interna e externamente. O teste é
positivo se o paciente relata dor em qualquer lado do joelho, sendo indicador de
lesão meniscal no respectivo lado.
- Teste de Desvio à Palpação de Steinman: com o paciente em DD, flexionar
o quadril e o joelho a 90 graus. Colocar os dedos polegar e indicador sobre as
linhas articulares medial e lateral do joelho respectivamente. Com a mão oposta,
pegar o tornozelo e alternadamente , flexionar e estender o joelho enquanto você
palpa a linha articular. Quando o joelho é estendido, o menisco move-se para
frente; e quando é flexionado, o menisco move-se para trás. Se o paciente sentir
a “dor” mover-se anteriormente na extensão, ou posteriormente quando o joelho é
flexionado; então é suspeitada uma ruptura ou lesão do menisco.
- Teste de tração de Apley: detecta lesão ligamentar. O paciente na mesma
posição do teste acima, só que se fazendo uma tração no lugar de uma compressão.
O teste dará positivo se o paciente relatar dor.
- Teste de Retorno: identifica lesões meniscais. O paciente deita-se em
DD e o examinador segura o calcanhar do paciente com a palma da mão. O joelho do
paciente é fletido totalmente e então estendido passivamente. Se a extensão não
for completa ou apresentar uma sensação elástica (“bloqueio elástico”), o teste
é positivo.
- Teste de Helfet: identifica lesões meniscais. O mecanismo de “parafuso”
é observado durante a extensão completa. Com um menisco lacerado e bloqueado a
articulação, o tubérculo tíbial permanece levemente medial em relação à linha
média da patela, impedindo o ;limite final da rotação externa.
- Teste da Plica de Hughston: identifica uma plica suprapatelar anormal.
O paciente em DD o examinador flete o joelho e roda medialmente a tíbia com
braço e mão enquanto que, com a outra mão, a patela é levemente deslocada
medialmente com os dedos sobre o curso da plica. O teste é positivo se um “pop”
é provocado na plica enquanto o joelho é fletido e estendido pelo examinador.
- Teste de McMurray: identifica lesões meniscais. Com o paciente em DD, o
examinador segura o pé com uma mão a palpa a linha articular com a outra. O
joelho é fletido completamente e a tíbia movimentada para frente e para trás e
então mantida alternadamente em rotação interna e externa enquanto o joelho é
estendido. Um clique ou crepitação pode ser sentido na linha articular no caso
de lesão meniscal posterior, quando o joelho é estendido.
- Teste de O’Donogue: detecta lesões meniscais ou irritação capsular. O
paciente deita-se em DD e o examinador flete o joelho em 90o, roda-o medialmente
e lateralmente 2 vezes e então o flete completamente e roda-o novamente. O teste
é positivo se a dor aumentar na rotação.
- Teste de Wilson: identifica osteocondrite dissecante. O paciente
senta-se com a perna na posição pendente. O paciente estende o joelho com a
tíbia rodada medialmente até a dor aumentar. O teste é repetido com a tíbia
rodada lateralmente durante a extensão. O teste é positivo se não houver dor
quando a tíbia estiver rodada lateralmente.
- Teste de Apreensão: identifica deslocamento da patela. O paciente
deita-se em DD com o joelho em 30o de flexão. O examinador cuidadosa lentamente
desloca a patela lateralmente. Se o paciente parece apreensivo e tenta contrair
o quadríceps para trazer a patela de volta à posição neutra, o teste é positivo.
- Sinal de Clarke: identifica a presença de condromalácia da patela. O
paciente deita-se relaxado com os joelhos estendidos enquanto o examinador
pressiona proximalmente à base da patela com a mão. O paciente então solicitado
a contrair o quadríceps enquanto o examinador aplica mais força. O teste é
positivo se o paciente não consegue completar a contração sem dor.
- Teste de Perkin: para sensibilidade patelar, com o joelho apoiado em
extensão completa, as bordas das facetas medial e lateral são palpadas enquanto
a patela é deslocada medial e lateralmente. No caso de condromálacia, esta
manobra revela graus variáveis de sensibilidade.
- Teste de Waldron: identifica condromalácia da patela. O paciente faz
diversas flexões lentas e acentuadas do joelho enquanto o examinador palpa a
patela. O teste é positivo no caso de dor e crepitação durante o movimento.
- Teste de Recurvatum na Rotação Externa: detecta instabilidade rotatória
póstero-lateral do joelho. Existem 2 métodos para esse teste. Ambos são feitos
com o paciente em DD:
Primeiro Modo: o examinador eleva as pernas do paciente segurando no hálux do
paciente. O teste é positivo se o tubérculo tibial roda lateralmente enquanto o
joelho faz um recurvatum.
Segundo modo: o examinador flete o joelho a 30o ou 40o. O joelho então é
lentamente estendido enquanto a outra mão do examinador segura a face póstero
lateral do joelho para palpar o movimento. O teste é positivo no caso de
hiperextensão e rotação lateral excessiva no membro lesado.
- Teste de Gaveta Póstero lateral de Hughston: detecta a presença de
instabilidade rotatória posterolateral do joelho. O procedimento é semelhante ao
teste postero-medial de Hughston, exceto que o pé do paciente é levemente rodado
lateralmente. O teste é positivo se a tíbia roda posteriormente em demasia sobre
a face lateral quando o examinador a puxa posteriormente.
- Teste da Gaveta Póstero medial de Hughston: identifica instabilidade
rotatória posteromedial do joelho. O paciente em DD com o joelho fletido a 90o.
O examinador fixa o pé em leve rotação
- Gaveta ativa do Quadríceps (LCP): senta-se no pé do paciente, em um
ângulo de 90o, e pede-se que empurre o pé ativamente.
> Testes para Tornozelo
- Teste de Thompson: detecta rupturas no tendão de Aquiles. O paciente é
colocado em DV ou de joelhos com os pés estendidos sobre a borda da cama. O
terço médio da panturrilha é comprimido pelo examinador, e em caso de ausência
de uma flexão plantar normal, deve-se suspeitar de ruptura do tendão de Aquiles.
- Sinal de Homan: detecta a existência de Estenose Venosa Profunda, na
parte inferior da perna. O tornozelo é dorsifletido passivamente observando-se
qualquer aumento repentino de dor na panturrilha ou no espaço poplíteo.
- Sinal de Gaveta Anterior: identifica instabilidade ligamentar do
tornozelo. O paciente deita-se em DD e o examinador estabiliza a parte distal da
tíbia e fíbula com uma mão enquanto segura o pé em 20o de flexão plantar com a
outra mão. O teste é positivo se, ao trazer o talus para frente no encaixe do
tornozelo, a translação anterior for maior do que a do lado não afetado.
- Teste de Kleiger: detecta lesões no ligamento deltóide. O paciente está
sentado com os joelhos em 90o. O examinador segura o pé do paciente e tenta
abduzir o ante-pé. O teste é positivo se o paciente se queixar de dor medial e
lateralmente. O examinador pode sentir o talus se deslocar levemente do maléolo
medial.
- Inclinação Talar: identifica lesões do ligamento calcaneofibular. O
paciente está em DD ou em DL com o joelho fletido a 90o. Com o pé em posição
neutra, o talus é inclinado medialmente. O teste é positivo se a adução do lado
afetado for excessiva.
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