Ao pesquisar e encontrar o conceito de multidisciplinar segundo
Aurélio: referente a, ou que abrange muitas disciplinas. Quanto à
Equipe Multidisciplinar (voltada à Saúde) surge outra dúvida,
pesquiso e com ajuda, defino que é um Grupo de especialistas, que
podem interagir para o trabalho de reabilitar ou remediar pessoas
enfermas. Hoje, no Brasil, uma importante tendência para o
atendimento por profissionais de Enfermaria, Psicologia,
Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutricionista,
Assistência Social e de Medicina (fisiatria, neurologia, ortopedia,
psiquiatria, etc). Estes profissionais procuram uma interseção de
conhecimentos de suas especialidades para uma ação terapêutica e
clínica visando à cura ou melhora do quadro clínico do paciente.
Encontro várias monografias, artigos, opiniões sobre a inserção de
determinados profissionais na Equipe Multidisciplinar voltada à
Saúde, ou seja, cada profissional defende seu espaço ou quer
adquirir e provar a necessidade de se fazer presente na equipe, o
que é óbvio. Certo, no entanto, somente alcançar a inserção da
profissão na equipe, não deve cessar a busca de alguns para que se
alcance o “real espírito coletivo” para conquista de melhores
resultados para saúde do paciente e elevar a confiança entre os
profissionais da equipe.
Quando falo de “profissional multidisciplinar” refiro-me aquele
profissional que está disposto a trabalhar para equipe
multidisciplinar, a fim de somar verdadeiramente para atingir
objetivos comuns a todos que acompanham um enfermo e não apenas
“fazer parte da equipe”.
Portanto o questionamento que faço é: a partir de qual momento da
vida acadêmica ou profissional entende-se o real e verdadeiro valor
do “profissional multidisciplinar”? ...abordo não mais a equipe em
geral. Aponto firmemente a questão individual, “eu sou
multidisciplinar”? ...ou apenas estou envolvido e não comprometido
com a equipe. Tendo em vista que, para o funcionamento adequado da
equipe multidisciplinar há a necessidade da somatória de aspectos
profissionais individuais básicos como conhecimento (filosófico e
prático), competência, eficiência, agilidade e respeito. E ainda,
valores imprescindíveis como amor pela profissão, ética,
coletivismo, liderança, humildade, doação, dedicação cumplicidade
entre outros, estes os quais julgo de maior importância em caráter
harmônico para que uma equipe realmente flua e colha resultados
positivos, pois, existem casos que apenas com eficiência
alcançaremos a eficácia em contrapartida também se pode falhar por
falta de sincronia da equipe. Somente a inteligência não é
suficiente para nos dirigir ao êxito. “A razão precisa da emoção,
como um planeta precisa de um sol para comportar a vida”.
Nada sobre auto-ajuda e sim uma visão do que realmente pode estar
faltando para que o trabalho conjunto possa se tornar uma verdadeira
equipe multidisciplinar. Assim, este texto traz à luz a necessidade
da reflexão individual sobre o espírito da cumplicidade entre os
profissionais e acadêmicos em relação aos aspectos para tornar-se um
“profissional multidisciplinar”.
A grandeza do profissional não é medida somente pela eficiência
arrogante existente e sim pela maneira competente como atua com os
princípios que não estão escritos nos livros como: os valores morais
essenciais, a ética.
Abordo a questão acadêmica por ser aluno do Curso de Fisioterapia do
sétimo período no UNINORTE (Centro Universitário do Norte – Manaus
AM) e observo que na própria faculdade em sala de aula, já nos falta
o espírito de união e a busca por objetivos coletivos em prol da
melhoria da saúde no país. Por acreditar que dentro da Universidade
traçamos o profissional que seremos fora e onde devemos aprender a
respeitar cada professor (como profissional) e cada colega (como
futuro profissional) independente das particularidades de cada um.
Conduto é notória a presença de atitudes e sentimentos como:
desavenças, desrespeitos, ofensas, ciúmes, desunião entre outros que
fogem do direcionamento que deveríamos seguir e cultivar para
melhoria da classe e da equipe. Por partir do pressuposto que, se
não temos união dentro da própria classe profissional como poderemos
atingir um ápice de convivência com as demais profissões dentro da
equipe.
Preparemo-nos, portanto, para esse "avanço" do conhecimento.
Precisamos estar atentos e preparados! Quem está a par das reais
condições da saúde no país e dentro das Instituições de Ensino,
percebe profissionais e/ou acadêmicos em busca de êxito próprio.
Poucos absorvem as mudanças impostas pelas transformações sociais
embasadas nas alterações comportamentais, muitas vezes motivadas
pelo mercado e necessidade de sobrevivência, opta por soluções
prontas que não se enquadram mais em nossa realidade profissional.
E então qual o momento? O momento é agora! Os temas da hora não são
“humanizar a saúde”, “ética”, “equipe” e outros que nos mostram a
necessidade de refletir. Se não lograrmos atitudes diferenciadas não
chegaremos ao êxito profissional. Na contramão de todos os
pessimismos que possam assolar nossa contribuição multidisciplinar,
deve surgir um caminho para melhoria. Não é possível e nem se deve
diminuir a importância do conhecimento técnico, sei disso e não
dispensaria essa qualidade em qualquer atendimento à saúde. Enfatizo
apenas uma reflexão para um novo panorama profissional (já adotados
por muitos), mas ainda deficitária em nossa cidade, estado, região
ou ainda país. Sugiro um profissional realmente novo. Questionando a
própria prática e atitudes adotadas e buscar soluções desejáveis
para todos, desde a vida acadêmica. Adequando-se para a diversidade
de cada profissão e profissional buscando a alta qualidade no
atendimento ao paciente, julgo ser tarefa primordial para aqueles
que estão ou estarão neste mercado profissional.
Saber-se que amor pela profissão, bondade, nobreza de caráter,
humildade, honestidade, respeito, equilíbrio, liderança, doação
entre outros, são apenas pré-requisitos para se ter um comportamento
ético e multidisciplinar, portando, pré-requisitos que devemos
refletir e expandir a todos para podermos ser éticos e estar
comprometido com a equipe, “mesclando sabedoria e humildade,
inteligência e bom senso, e acima de tudo, continuar acreditando no
enorme potencial do ser humano”. Os acadêmicos e profissionais que
já desfrutam dessa visão ÓTIMO! Só expandi-la compartilhando a idéia
com todos através de atitudes. Os demais que ainda não têm tal
atitude, mas tem consciência da necessidade de mudança EXCELENTE! Já
deu primeiro passo, é só começar.
Mudanças fundamentais e necessárias para que a equipe de saúde possa
oferecer um atendimento de qualidade à sociedade (principalmente aos
mais necessitados) e finalmente o País conhecer um progresso justo e
o mais igualitário possível na promoção da saúde, nossa tarefa sim!
E para todo e qualquer profissional cidadão, sabendo-se também
responsável pela sociedade.
Agradecimentos: a Deus, minha mãe Enfermeira Rita, meu irmão
Gabriel, minha namorad Danuta, a todos meus amigos sem exceções que
me dão imensuráveis provas de amizade, todos os meus Professores do
Curso de Fisioterapia do UNINORTE, Tia Frigga, Tio Aran, Tio Carlos
Valente, Sr. Romero Reis e a Ordem DeMolay, QUE JUNTOS ME TRANSMITEM
E ENSINAM CONHECIMENTOS , BONDADE, AMIZADE COM MUITO CARINHO E AMOR,
DIARIAMENTE, A FIM DE TORNAR-ME UM MELHOR HOMEM E UM FUTURO
PROFISSIONAL E CIDADÃO CONSCIENTE, COMPROMETIDO COM A SOCIEDADE
BRASILEIRA!!!!!
BIBLIOGRAFIA
Chalita, Gabriel Benedito Issaac
Os dez mandamentos da ética / Gabriel Chalita
Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 2003
Covey, Stephen
Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes / Stephen R. Covey –
32ed.
Rio de Janeiro: Best Seller.2008.
Covey, Stephen
Liderança baseada em princípios / Stephen R. Covey
Rio de Janeiro: Best Seller.1994
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